Pensar na morte e falar sobre ela é algo muito difícil. Cada um de nós tem sua própria estratégia para negá-la: uns buscam muito poder, outros muito dinheiro, alguns procuram ficar ocupados de maneira incensante, há quem se agarre à crença de que todos teremos a vida eterna. A negação da morte é, talvez, o fenômeno mais democrático da espécie humana, não conhece barreiras de classe, raça, nacionalidade ou época.
A pandemia do coronavírus coloca a todos nós diante dela diuturnamente por meio do noticiário, das redes sociais, conversas com conhecidos, amigos e parentes. Estamos sendo orientados a tomar inúmeras medidas para não corrermos riscos desnecessários de encontrar com ela precocemente.
Registro aqui duas recomendações de leitura sobre a morte, ambas do mesmo autor do best-seller Quando Nietzsche chorou, Irvin D. Yalom. São dois livros de fácil acesso: De frente para o sol, que trata exclusivamente deste tema, e Mamãe e o sentido da vida. Yalom se utiliza da metáfora do sol: a morte é como o sol, é possível olhar para ele, mas não por muito tempo. O principal aprendizado de olhar para a morte é que isto nos ensina a viver melhor a vida que temos. Vale ler ambos os livros. Recomendo fortemente.
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