A ciência salva vidas por meio da medicina, mas a ciência não motiva os seres humanos para a ação coletiva, já as religiões fazem isso com uma imensa facilidade. Os dois melhores hospitais do Brasil – que em tempos de coronavírus se tornaram estrelas nacionais – foram fundados por religiosos: os judeus criaram o Albert Einstein e o Sírio-Libanês foi fundado dentro da igreja cristã ortodoxa da região da 25 de março.
As doações que os judeus fizeram para o Eisntein somadas, é possível que sejam maiores do que todas as doações realizadas por cientistas e ateus no Brasil. Ademais, todo o nosso sistema inicial de saúde gravitou em torno das Santa Casas de Misericórdia, fundadas pelo catolicismo português, e a Irmã Dulce se tornou santa em função de um hospital cujo estabelecimento dependeu do catolicismo. As escolas de samba e o samba foram criados em terreiros de macumba. Enfim, as religiões fazem as pessoas cooperarem e construírem centenas de coisas que não seriam possíveis sem a cooperação.
Religiões são também tribais, como são os partidos políticos, as nações e os times de futebol. O ser humano é tribal. Por conta disso já motivaram muitas guerras. Este aspecto negativo é sempre lembrado por menções às Cruzadas e à Inquisição. Porém, os maiores especialistas mundiais em história das religiões consideram que elas fizeram mais bem do que mal à humanidade. Uma análise épica resume tal conclusão: https://newscientist.com/article/2197082-is-religion-good-or-bad-for-humanity-epic-analysis-delivers-an-answer/
PS. Alerta para quem leu até aqui. Se achou que estou “defendendo” as religiões, releia. Limitei-me a mostrar causa e efeito, não fiz juízo de valor, fiz juízo de fato. Apenas mostrei os fatos. Aliás, tais fatos são bem aceitos e estabelecidos junto a todos os estudiosos do fenômeno religioso.
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