O Ministro do Supremo Tribunal federal (STF), Celso de Mello, andou fazendo movimentos mais de jogador de damas, que só vai para frente, do que de jogador de xadrez, que pode avançar, recuar e se movimentar para os lados. Ao requisitar o depoimento dos ministros generais ele escreveu na petição que o depoimento seria dado mesmo que “debaixo de vara”. Além disso, ele liberou o vídeo da reunião ministerial mais por motivos políticos, do que por razões jurídicas.
Meu ponto é que os ministros do STF precisam fazer menos política e serem mais técnicos, para o bem de nosso país. Poderia estar aqui defendendo a posição fácil: “tem mesmo é que liberar o vídeo para desmoralizar o governo”. De jeito nenhum, o vídeo da reunião é a prova de uma investigação, é considerando isso que um jurista deve avaliar se divulga ou não. Não foi o que ele fez.
O dia seguinte da liberação do vídeo está sendo marcado pela utilização das falas de ministros e do Presidente como prova de que o governo é inepto e desqualificado, e poucos abordam a interferência na Polícia Federal que está sendo investigada. Todos já sabíamos como é o governo, neste aspecto não há novidade alguma. Assim, é forçoso admitir que o único motivo para liberar o vídeo em sua quase integralidade foi o de desgastar o governo. Juiz do STF não deveria fazer política.
Prezado Alberto como vai? bom dia!
Meu nome é Rogério dos Santos Oliveira, 50 anos aeronauta, nascido em Manaus e morando atualmente em Brasília há 15 anos, atuando como comissário de bordo há 28 anos, 13 anos de VARIG e 13 anos de gol , formado em Administração cursando pós graduação em gestão de projetos, casado pai de dois filhos de 13(F) e 11(M) anos.
Eu aproveito o espaço para comentários sobre: Celso de Melo jogou não jogou xadrez, jogou dama! que me levou a escrever para você.
Tenho acompanhado seu trabalho mais de perto no twitter e you tube há mais ou menos 60 dias, tendo me inscrito em seus canais, pela admiração e lucidez de suas análises e esclarecimentos desde os tempos que o vi pelas primeiras vezes em programas do canal de tv bandeirantes, ao lado do grande Boechat e outros jornalistas.
Suas análises políticas da atual situação política do país me afastaram da paixão e do crescente fanatismo e da cegueira, me trazendo para a realidade e lembrando de como é o entendimento e relacionamento entre as instituições da República seus agentes e as relações destes com as coisas da sociedade. Leio também analistas que falam que já há fatos de sobra para o impedimento do atual chefe do executivo ( isso é duro ouvir, mas…) por atentar contra constituição sistematicamente, porém, percebe-se que no congresso o ambiente não está fértil para agir nesse sentido além da ausência de outras variáveis, sabendo ainda que é pelo voto que devemos mudar nossos governantes se assim for a vontade da maioria.
Entendendo suas falas sobre eleições, o voto de protesto, popularidade dos políticos, impeachment ( da realidade até consequências)falta de liderança, análise de pesquisas, atuação política do STF e de forma ampla a liturgia dos poderes e reflexos para a sociedade e outras…eu gentilmente pediria ao senhor uma análise sobre essas premissas que expus e uma análise sobre de fato como estão as relações dos 3 poderes e os interesses para com o país, e quais as suas expectativas para o cenário do país até as próximas eleições majoritárias?
Desculpe-me alongar nas falas, se não houver respostas entenderei perfeitamente.
Gosto de manter informado e atualizado.
Muito dos pressupostos acima são balizados pelos seus comentários que acompanho.
Outra fonte : Marco Antonio Villa.
Muito obrigado pela sua atenção!
Abração, ótimo fim de semana!
O seu comentário é gratificante. O meu objetivo é fazer com que as pessoas não briguem por causa da política. Assim, fico feliz em saber quando alguém se afasta da paixão exagerada. Obrigado por escrever.
Essa comparação com jogo de damas e xadrez não se encaixa em todas as situações. É até contraditório com sua afirmação que o judiciário não deve fazer política. Neste caso o judiciário não deveria jogar nada, deveria estar fora do jogo, funcionar como árbitro. Não entrar na discussão se a jogada vai favorecer ou atrapalhar alguma das partes.
Será que se Celso de Melo, vendo que não há evidencias para incriminar Bolsonaro, não liberasse o vídeo, não estaria atuando de forma ainda mais política? Como o processo em andamento é público seria natural a sua publicação, uma vez que foi mencionado como prova de suposto crime.
Se o vídeo fosse uma reunião corriqueira, sem nenhuma dessas barbaridades, haveria algum motivo jurídico para não torná-lo público? O fato de conter linguagem inadequada e escancarar a inépcia do governo seria um motivo para manter o vídeo sigiloso?