O Deputado Rodrigo Maia costuma dar entrevistas rápidas quando chega na Câmara dos Deputados. Hoje uma pessoa do mundo jornalístico perguntou a ele se não seria possível prorrogar o auxílio emergencial por mais dois meses a partir do corte de salário dos parlamentares. O auxílio emergencial custa R$ 50 bilhões por mês, já o gasto de pessoal da Câmara é R$ 200 milhões por ano.
A ânsia em emparedar políticos supostamente corruptos, muito bem remunerados e que não pensam no bem-estar da população é tão grande, que ela impede as pessoas de buscarem informações mínimas antes de fazer uma pergunta das mais simples.
A anti-política entra de maneira avassaladora nas mentes de pessoas até bem intencionadas sem que elas percebam. Esta pergunta feita ao Presidente da Câmara seguiu uma sugestão de Bolsonaro, o presidente mais anti-política que tivemos até hoje, e certamente refratário a considerar os fatos do mundo real.
Diante deste episódio é preciso admitir que não é lá muito escandaloso saber que a cura da COVID pode eventualmente estar no alho cru. O mesmo povo que acredita em coisas assim também acha que a folha salarial da Câmara pode pagar o auxílio emergencial.
Fazer contas não é o forte de muitas pessoas. Coitada da dona Candinha, professora que tentou alfabetizar essa turma! Infelizmente isso acontece à esquerda e à direita!