Menos de 18 meses de mandato foram suficientes para que os dois super ministros de Bolsonaro se tornassem figuras sem importância no governo. Ambos podem até ficar em seus cargos, mas deixaram de ser importantes na condução das políticas públicas de suas áreas. Paulo Gudes foi esvaziado pela trinca de ministros formada por Braga Neto, Rogério Marinho e Tarcísio de Freitas. Sérgio Moro é persona non grata em todo o mundo político, particularmente junto aos políticos do Centrão que passarão a dar sustentação a Bolsonaro.
É evidente que o esvaziamento de ambos está sujeito a idas e vindas, mas também parece bastante certo que a força política do Centrão é muito mais relevante para Bolsonaro que a de Sérgio Moro, e também que a proximidade crescente de 2022 serve de incentivo para que o governo volte a gastar.
Lembremos que Dilma não quis gastar em seu segundo mandato, para isso colocou Joaquim Levy na Fazenda. Ela também não quis, ou talvez realmente não tivesse condições, de conter a Lava Jato. O desfecho destas duas decisões combinadas todos sabemos. O que Bolsonaro está começando a fazer é afastar de seu governo a possibilidade da repetição destas escolhas de Dilma.
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